O que diz a ciência sobre o uso de máscaras faciais para limitar a propagação de viroses respiratórias.
Estudos mostram que máscaras de pano são ineficientes na contenção de partículas de coronavírus, e que o uso de máscaras em espaços abertos é desnecessário e desafia as leis da microbiologia.
“Na maioria dos estudos em que as máscaras foram utilizadas por pessoas sadias e infectadas com a intenção de proteger o indivíduo com máscara, não foi observado um efeito protetor estatisticamente significativo (5 estudos de um total de 7). Ou seja, não houve uma diferença clara entre o grupo mascarado e o grupo controle. Em 2 estudos foi observada uma diferença estatisticamente significativa, porém pequena. Em um deles (Cowling et al. 2009), havia 3 grupos, o grupo controle, o grupo de higiene das mãos e o grupo de higiene das mãos + máscaras. O grupo de higiene das mãos apresentou uma razão de chances de 0,46 em relação ao grupo controle. Isto significa que a chance de contrair a doença se estiver usando máscara é 0,46 vezes menor. Ou, se preferir, a chance do grupo que não usou máscara em contrair a doença é 1/0,46 = 2,17 vezes maior. Já o grupo de higiene das mãos + máscaras apresentou uma razão de chances de 0,33, ou seja, o uso da máscara diminuiu o risco em 0,13. Em outras palavras, a chance do grupo de higiene das mãos + máscara em ficar doente é 3 vezes menor que a do grupo controle, enquanto que a chance do grupo higiene das mãos (sem máscaras), é 2,17 vezes menor que o grupo controle. Fica claro aqui que o maior benefício é higienizar as mãos frequentemente e que o uso de máscaras teve uma contribuição secundária. Além disso, segundo esse estudo, as intervenções somente têm efeito se ocorrerem nas primeiras 36 horas do início dos sintomas da pessoa infectada na casa.”
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